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Vapor Benjamim Guimarães

Trata-se do último barco a vapor (gaiola) original no mundo. Fabricado em 1913, no Mississipi, EUA, pela empresa James Rees &CO. Nos anos 20, a embarcação foi trazida para o Brasil (Amazonas) e depois para Pirapora. Durante décadas, no auge da navegação comercial, foi largamente utilizado no transporte de cargas e passageiros entre o Norte de Minas e o Nordeste brasileiro. Revitalizado a partir dos anos 80, passou a realizar apenas passeios turísticos. Atualmente encontra-se fixado no porto, aguardando a conclusão das suas obras de reforma e restauração.

O Vapor tem capacidade total de 180 passageiros e 25 tripulantes. Sua estrutura engloba 44 metros de comprimento e 8 metros de largura em 3 andares. Sua velocidade máxima de subida no rio é 9 km/h e de descida 18 km/h. A lenha de reflorestamento é o combustível que alimenta seu sistema de caldeira e roda-pôpa. A embarcação pertence à Prefeitura de Pirapora com reconhecimento oficial de patrimônio histórico, cultural e turístico de Pirapora, de Minas Gerais e no Vale do Rio São Francisco.

Praça dos Cariris

Patrimônio, marco geográfico e histórico de Pirapora, está situada no exato local da antiga aldeia dos cariris (século XVII) e do arraial fundado por pescadores, remeiros, vaqueiros e tropeiros em 1860. Ali também foi erguida a 1a capela do lugarejo, dedicada a São José, que existiu entre 1886 e 1932. O “Largo da praça” também foi posteriormente chamado de “Praça Burlamaqui” e “Praça Mello Viana”. O coreto foi construído em 1935; a praça e seu jardim foram ampliados em 1950; recebeu a estátua de ‘São Pedro pescador’ e o marco símbolo do cinquentenário de Pirapora em 1952. A praça foi reestruturada em 1987 e partir de 2002 passou a receber a ‘Feira de Arte e Cultura’.

Centro de Convenções

Localizado às margens do São Francisco, na Av. Salmeron, 91 – junto ao Centro comercial e rede hoteleira de Pirapora, o Centro de Convenções “José Geraldo Honorato Vieira” foi inaugurado em 1° de julho de 2008. Desde então vem sendo administrado pela EMUTUR. Possui amplo estacionamento, 2 pavimentos, 2.770 m2 de área construída coberta, 2 salões com capacidade para 200 pessoas cada e o salão principal, climatizado, que comporta assentos para até 850 pessoas. Recebe, periodicamente, uma série de eventos corporativos, festivos e institucionais.

Artesanato regional: Carrancas

Estas peças de madeira eram encomendadas pelos senhores feudais, na Europa medieval, para enfeitar a proa de suas embarcações, com seus próprios bustos. Com o tempo, foram transformadas em caricaturas. Trazidas ao Brasil pelos colonizadores, originaram as carrancas. Juntamente com as lendas, mitos e costumes ribeirinhos, viraram símbolos de proteção para os barqueiros e remeiros no Rio São Francisco. Sua representação totêmica, reforçada pelo imaginário popular, se tornou uma marca do artesanato típico regional.

Resistente, a manifestação artística sanfranciscana reúne os últimos artistas que ainda mantém ‘vivos’ o ofício e a tradição. Atualmente, a Associação dos Artesãos (Casa dos Carranqueiros) em Pirapora tem sede na Av. Jeferson Gitirana s/n° – Bairro Santa Terezinha, tendo pontos de comercialização no Mercado municipal. O prédio da associação foi doado pela Prefeitura em 1982. Lá, quase todos os dias, os artesãos trabalham desenhando, cortando, decorando e finalizando as carrancas, imagens sacras (Jesus Cristo, São José, São Francisco, São Judas e Nossa Senhora de Fátima), réplicas do Vapor Benjamim Guimarães, barcos, terços, cruzes e outras peças.

Culinária típica barranqueira

Além dos sabores e teores (pequi, carne de sol, mandioca, cachaça e queijos) do Norte de Minas e do Cerrado, Pirapora tem suas particularidades gastronômicas – com pitadas históricas, geográficas e culturais, enriquecidas pelos pescados do Rio São Francisco. Essa mistura produziu muitas receitas nas cozinhas caseiras, nos bares, restaurantes e quiosques ribeirinhos. O resultado é um cardápio recheado de variedades, para todos os gostos, estilos, bolsos e exigências. A Moqueca de Surubim, o Peixe (filé) na brasa, o Pirão de peixe e as Fritadas de peixes também dividem preferências com itens mais populares, como a Carne de sol com mandioca; o Feijão tropeiro; o ‘Mexidão’; os ‘espetinhos’ e as ‘Jantinhas’.

Tradição folclórica diversa

Sem perder sua identidade, ancestralidade, regionalismo e tradição, Pirapora ainda conserva grupos folclóricos genuinamente populares, como o Santa Cruz; grupos dedicados à dança típica de São Gonçalo; a religiosidade das Folias de reis; e a cultura de resistência dos grupos de capoeira. A Associação Cultural Baticundum mantém o grupo e o projeto que tem a música e a dança como instrumentos de inclusão social da juventude.

Sua percussão traz a força e expressão dos ritmos afro-brasileiros.
O Grupo de Teatro Araçá (criado em 2014) é embalado ao som da cachoeira do “Velho Chico” – unindo dança, percussão, teatro, poesia e canto; brincadeiras, histórias e memórias mineiras e o canto de lavadeiras – na diversidade de temas de sua arte tipicamente regional e popular, resgatando tradições.


Uma referência especial é a ‘Cia de Danças Parafolclóricas Zabelê de Pirapora’, criada em 1984. Um coletivo de artistas da dança e música que pesquisa e promove a riqueza e diversidade do folclore nacional, valorizando e exaltando a cultura plural. O Zabelê representa, com respeito e reverência, as danças regionais e os ritmos populares, em especial a cultura afro-brasileira com seus ritmos contagiantes. Comemora 40 anos de tradição e existência em 2024.

Biblioteca Comunitária Tamboril

A Associação Clube Literário Tamboril foi criada por escritores, leitores, artistas e agentes culturais de Pirapora e da vizinha cidade de Buritizeiro com o objetivo de promover a cultura e o incentivo à leitura. Além dos empréstimos de livros, também realiza uma diversificada programação de atividades culturais como saraus, lançamento de livros, rodas de conversa, contações de histórias, oficinas de escrita, artes plásticas etc. Sua sede (biblioteca comunitária) fica na Rua Montes Claros, 804 – Bairro Santo Antônio. Também possui pontos de leitura espalhados em vários endereços locais.

Ponte Marechal Hermes, a “Ponte Velha”

A construção da ponte fazia parte do antigo projeto de ligar (por ferrovia) o Rio de Janeiro a Belém do Pará, mas acabou cancelado. Em 1918 o Coronel Joaquim Fernandes Ramos conseguiu, politicamente, que o Governo federal aprovasse a verba necessária para a construção da ponte ligando Pirapora ao distrito de São Francisco de Pirapora – atual Buritizeiro. Em 1920, a ponte começou a ser construída em frente ao porto, mas por motivos técnicos foi levada para a área acima das corredeiras do “Velho Chico”. Com 694 metros de extensão, pesando 723 toneladas, as estruturas metálicas e o cimento foram importados da Bélgica e EUA.

A obra foi supervisionada pelo Eng° Demóstenes Rockert (Chefe da 10ª Residência da EFCB/Estrada de Ferro Central do Brasil). A montagem dos seguimentos metálicos ficou a cargo da empresa Humberto Saboya & Cia, tendo à frente o Eng° Charles Pilet. A inauguração, com o nome oficial de “Ponte Marechal Hermes da Fonseca”, ocorreu em 7 de outubro de 1922, com a presença do Presidente da República Epitácio Pessoa. A ponte foi tombada pelo Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico/IEPHA em 1985 e pelo município em 2003 (Decreto nº 006/2003). É considerada uma das primeiras grandes obras da arquitetura moderna no Brasil, marco paisagístico e atrativo turístico de Pirapora e do Vale do São Francisco.

Antiga estação ferroviária

Em 1910 a Estrada de Ferro Central do Brasil/EFCB estendeu até Pirapora o ramal que saía da estação de Corinto. O plano do governo era fazer a linha férrea cruzar a ponte sobre o Rio São Francisco. Em 1922 foi inaugurada a ‘Estação ferroviária Independência’ no distrito de São Francisco de Pirapora (atual Buritizeiro), desativada na década seguinte. Durante boa parte do século XX a estrada de ferro foi o principal meio de transporte e comunicação de Pirapora com o centro-sul do país. Transportando cargas, passageiros e valores, foi referência no progresso da comunidade.

A EFCB foi incorporada pela Rede Ferroviária Federal/RFFSA e o transporte de passageiros em Pirapora foi desativado em 1978. Em 1982 os trilhos chegaram ao Distrito Industrial. Em 1996, o ramal de Pirapora foi concedido para a empresa Ferrovia Centro-Atlântica (FCA). Desde maio de 2009 o ramal é utilizado pelo terminal da VLI Multimodal no transporte de soja e milho de Pirapora para o Porto de Tubarão, em Vitória (ES). Paralelamente, o prédio e o praça da antiga Estação Ferroviária – tombados pelo patrimônio histórico – sediam a Biblioteca pública e ocasionalmente recebem eventos festivos.

Feira do Santos Dumont

Além de ponto comercial semanal, a Feira livre do Bairro Santos Dumont, na Av. Pio XII, é local de encontro dos pequenos produtores, das comunidades rurais e dos consumidores, nas manhãs de domingo. Hortifrutigranjeiros, comércio popular, carnes, artesanato, sabores da roça e praça de alimentação – com oferta de salgados e do tradicional pastel de feira com caldo de cana. Um mix de variedades que oferece alimentos frescos e utilidades em geral para todos os gostos e necessidades.


A feira surgiu em 1996, foi estruturada em 2008, ampliada em 2015 e reestruturada em 2020. Atualmente movimenta 105 feirantes (incluindo pequenos comerciantes e microempreendedores) e mais 25 vendedores externos, atendendo uma média de 7 mil pessoas a cada fim de semana. As estimativas apontam que a feira livre gera mais de 500 empregos (diretos e indiretos), garantindo a eles um faturamento global de R$ 730 mil por mês.

Mercado municipal

O Mercado municipal “Júlio Freire da Costa”, no centro da cidade, é o mais tradicional centro de abastecimento e consumo de Pirapora, especialmente nas manhãs de sábado. Inaugurado na década de 1980, reinaugurado em 1991 e reestruturado em 1997, reúne atualmente 76 feirantes, boxes, vendedores externos, bares, restaurantes, microempreendedores, artesãos e prestadores de serviços. Juntamente com a diversidade das bancas de frutas, verduras e hortifrutigranjeiros, ampla oferta de produtos típicos, artesanais e agrofamiliares – farinhas, queijos, rapaduras, cachaças, carrancas, imagens sacras, miniaturas e souvenires.

Além de gerar cerca de 300 empregos diretos e indiretos (um faturamento mensal de aproximadamente R$ 425 mil), recebe milhares de consumidores, populares, visitantes e turistas, que conseguem unir compras, opções de alimentação fora do lar, artesanato e música ao vivo, como o Projeto “Café da Roça”. O mix de comércio, cultura e atrativo turístico define o Mercado municipal como um espaço democrático, plural e autêntico.

Feirarte no Mercado

A Associação ‘Fazendo Artes de Pirapora’ surgiu em 2015, quando um grupo de artesãos que expunha seus trabalhos no Mercado municipal e outros locais, desenvolvendo seus trabalhos nos próprios ateliês, decidiram unir esforços e fundar uma entidade para representá-los, fortalecer a divulgação os seus ofícios e múltiplos produtos. Tem sede e funcionamento na Rua Rotary, S/N, junto ao Mercado municipal, no Centro da cidade.

Praça de eventos na orla fluvial

A Praça de eventos é o epicentro dos principais eventos festivos de Pirapora, na orla do Rio São Francisco, junto ao centro comercial, ligando a Av. Salmeron com a Av. São Francisco. Além da vista panorâmica, o amplo espaço (totalizando 12.551 m2) possui 3 quiosques fixos, 2 rampas de acesso ao rio, calçadão em pedra portuguesa, estacionamento, circuito para trio elétrico e pista para caminhada. A praça foi inaugurada, oficialmente, em 1º de junho de 2012, ganhando ainda um monumento/marco do centenário de Pirapora.